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SAY HELLO TO MY BOOKS

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Qui | 18.08.16

Azeitona, Bruno Miranda

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Gostei muito mais do que estava à espera. Envolvi-me com os problemas das personagens, queria saber como tudo se ia desenrolar e apesar de já estar à espera daquele final, houve muitos acontecimentos ao longo da história que me apanharam de surpresa, ainda que o livro esteja carregadinho de clichés. 

 

O Bruno Miranda é um youtuber brasileiro, tinha um canal sobre livros e foi aí que o conheci. E, ao contrário do que muitos youtubers estão a fazer no Brasil (lançam livros sobre as suas já longas e interessantes vidas...) - ele escreveu um livro de ficção. Destaca-se por isso. 

 

Achei a sinopse interessante. Um casal de jovens, Ian e Emília, ainda a estudar, decide participar num reality show que mostra a vida de adolescentes à espera de bebé. O problema é que eles não são um casal, na realidade mal se conhecem, e não estão à espera de filho nenhum. Achei a ideia engraçada, principalmente porque hoje em dia qualquer badameco quer ser famoso e ganhar muito dinheiro a aparecer na televisão. Vivemos num mundo em que os reality shows são líderes de audiência e trazem para domínio público gente que nem sequer sabe a capital espanhola. Mas vá.

 

Enquanto acompanha a irmã grávida a uma consulta, Ian é confundido com um adolescente prestes a ser pai e é supreendido pelo convite de uma produtora para participar num programa de televisão que mostra precisamente casais adolescentes à espera de bebé. Como o dinheiro é bom e ele precisa, aceita o convite. O problema é que nem sequer namora. Então, decide convidar Emília, uma miúda da sua turma, com quem mal fala, para entrar nesta loucura com ele. Ela aceita e a partir daqui é todo um turbilhão de acontecimentos, emoções e situações embaraçosas. Também traz muito do que são as relações familiares disfuncionais hoje em dia e isso é interessante.

 

Este livro podia perfeitamente ser transformado numa série de ficção adolescente tipo aquelas da MTV. Acho até que o próprio Bruno se inspirou no programa "Teen Moms", para criar o "Novos Pais", nome do reality show do livro. 

 

Não deixa de ser um YA (Young Adult para os mais distraídos) e a escrita é obviamente muito básica, sem grandes floreados nem pretensão de ser uma obra-prima da literatura. Mas prende-nos a atenção e tem uma história gira. No fundo, às vezes é só isso que interessa. Além de que gosto da capa. Chamou-me a atenção. Percebemos o porquê deste título logo nos primeiros capítulos e obviamente que aquele olho tem tudo a ver com reality shows, se se lembrarem do falecido Big Brother. Dei 3.5 estrelas. 

 

 

 

Sinopse

Ian e Emília não trocaram mais que duas palavras desde que começaram a estudar juntos, mas é o nome dela que vem à mente dele quando precisa de uma parceira para um plano mirabolante: participar de um reality show sobre casais adolescentes que vão ser pais. Isso em troca de um cachê capaz de resolver todos os seus problemas.
Ian tem dezesseis anos e foi criado pela irmã, Iris, que precisou abrir mão de oportunidades na vida para cuidar dele. Agora, quando ela finalmente vai conseguir se formar na faculdade, ele se sente na obrigação de retribuir de alguma maneira. Emília, aos dezessete anos, não quer retribuir nada a ninguém – pelo contrário, seu sonho é sair de casa o quanto antes para não discutir mais com a mãe, com quem sempre teve uma relação conturbada.

O fato de que eles não são um casal nem têm planos de ter um bebé de verdade parece apenas um detalhe. Mas a vida reserva surpresas, nem sempre boas, para quem acredita que é fácil inventar a própria história.

 

 (3.5)

Título: Azeitona

Autor: Bruno Miranda

Edição: Planeta

Ano de publicação: 2016

 Nº páginas: 278

 

Qua | 17.08.16

Mary Poppins, P.L. Travers

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Há muito tempo que queria ler a Mary Poppins. Gosto muito do filme com a Julie Andrews, mas foi depois de ver o Saving Mr. Banks, filme de 2013 com o Tom Hanks e a Emma Thompson, que esta vontade cresceu em mim. Conta-nos como Walt Disney se esforçou durante anos para convencer a autora, P.L. Travers, a vender-lhe os direitos do livro para adaptá-lo ao cinema. Tinha prometido às filhas, que adoravam o livro, que o faria. O problema é que a autora odiava tudo o que a Disney representava, tinha pavor dos bonecos e das cantorias nos filmes, e não queria ver as personagens que construiu com tanto carinho nas mãos da indústria do cinema.

 

Travers vivia em Inglaterra e viajou diversas vezes para Hollywood, de forma a conhecer os estúdios, o parque de diversões, a forma como a Disney queria trabalhar o seu livro, mas nada a convencia. Até que um dia cedeu, praticamente trinta anos depois de publicar o livro (livro: 1932 - filme: 1964) e há cenas hilariantes da forma como acompanhou o processo da coisa. Consta que foi convidada para ir a L.A. assistir à estreia do filme e odiou. 

 

O amor que ela tinha aos personagens e a forma tão carinhosa como criou a Mary Poppins fizeram com que quisesse muito ler o livro. Mas desengane-se quem acha que a Mary Poppins do filme é a Mary Poppins criada pela P.L. Travers. A do livro é muito menos simpática, diferente da imagem que temos da Julie Andrews a sorrir, com o seu ar maternal e a sua voz afinada. Eu achava que já conhecia a história, vi o filme dezenas de vezes. Mas, como qualquer adaptação cinematográfica, há situações narradas no livro que não aparecem no filme. E, neste caso específico, há capítulos inteiros que não foram enquadrados no guião, assim como os gémeos, filhos mais novos do casal Banks.

 

É, obviamente, um livro infanto-juvenil, cheio de magia, de animais que falam, de vacas que dançam e de estrelas que se colam no céu. É voltar um bocadinho à infância quando tudo era possível, com um bocadinho de imaginação. Sinto que fiquei a conhecer melhor a Mary Poppins. Foi uma leitura muito válida e agora quero rever estes dois filmes. 

 

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Sinopse

A partir do momento em que Mary Poppins chega ao nº 17 da Rua das Cerejeiras, a vida na casa da família Banks muda para sempre. Tudo começa quando Mary Poppins é trazida pelo vento leste até à porta da casa da família Banks. Ela torna-se na ama mais improvável para Jane, Michael e os gémeos bebés. Quem além da Mary Poppins consegue subir por corrimão de escadas, tirar um mundo de dentro de uma mala com estofo de carpete e fazer com que uma dose de remédio saiba tão bem quanto sumo de limão? Um dia com a Mary Poppins é um dia repleto de magia e faz-de-conta!

 

Título: Mary Poppins

Autor: P.L. Travers

Edição: Relógio d' Água

Ano de publicação: 1934

 Nº páginas: 202

 

Dom | 14.08.16

Livros que quero ler nas Férias

FÉÉÉRIAS! Finalmente estou de férias. Vão ser três semanas de descanso, com muitos mergulhos, banhos de sol, comida boa e livros à mistura. Na primeira semana não sei vou conseguir ler muito, mas nas duas seguintes sim. Filmes para ver e séries para pôr em dia também não vão faltar e, por isso, tenho que dividir o tempo que sobra dos convívios entre isto tudo. 

 

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Quero livros leves e bem-dispostos, que para grandes dramas e tristezas já nos basta o resto do ano. Por isso, os livros que vou levar comigo, são:

 

Contos do Nascer da Terra, Mia Couto - Já li alguns contos mas, para mim, este tipo de livros é para se ir lendo. Não tenho pressa de o terminar. 

A Amiga Genial, Elena Ferrante - É desta que começo a série da Ferrante. Estou muuuuito curiosa, toda a gente diz maravilhas. Comprei-o na Feira do Livro de Lisboa este ano e esteve dois mesinhos à espera das férias. 

A Cidade e as Serras, Eça de Queirós - Há taaanto tempo que quero voltar a ler Eça. Vai ser o terceiro livro que leio dele. Dizem que é dos mais divertidos. Vamos ver. 

Capitães da Areia, Jorge Amado - Já sei que vou sofrer um bocadinho com este livro, mas o título e o cenário cheiram a verão e, por isso, tem que ir comigo. Até porque o meu avô me deu a dizer que era uma vergonha ainda não o ter lido. 

Jaime Bunda, agente secreto, Pepetela - Nunca li nada dele. Mas este título conquistou-me. Acho que deve ser uma leitura bem-disposta, que é mesmo o que quero agora.

O terceiro gémeo, Ken Follet - Vou dar mais uma oportunidade ao Follet. Os dois livros que li dele até agora, não me convenceram... As opiniões deste são boas. Gosto da sinopse. Vamos ver...

 

Em e-book levo dois brasileiros comigo. Pego-lhes se tiver tempo e vontade.

Azeitona, Bruno Miranda - O primeiro livro de ficção do booktuber, sobre um casal jovem que inventa uma gravidez para entrar num reality show. Já li os primeiros capítulos e, apesar de achar que tem muita palha lá para o meio, até estou a gostar mais do que estava à espera. 

Put some farofa, Gregorio Dudivier - Um livro de crónicas do humorista que é o meu actor preferido de "A Porta dos Fundos". 

 

Vou partilhando as leituras no Instagram do Say Hello to my Books. Passem por lá e vão me dizendo se já leram algum destes ou o que andam a ler agora em Agosto. 

 

Qui | 11.08.16

BookTag: Doenças Literárias

Nunca respondi a uma TAG Literária aqui no blog...mas há sempre uma primeira vez para tudo, não é verdade? Vi esta no canal da Tatiana Feltrin e gostei, apesar de relacionar livros com doenças... Mas vamos entrar no espírito da coisa e responder ao que é proposto. São oito categorias e um livro escolhido para cada.

 

1) Diabetes: Um livro muito doce.

Obivamente "Chocolate", de Joanne Harris. Só o título já me dá vontade de ir atacar as tabletes que estão na cozinha... Todo o romance em si é meloso, aquela coisa de derreter corações... Tentem não ficar com diabetes só ao ler o livro e pior, ao ver o filme... Toda uma gula que não se aguenta.

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2) Varicela: Um livro que nunca mais vais pegar para ler de novo.

Qualquer um que tenha lido no início da adolescência como, por exemplo, "O Diário da Princesa", de Meg Cabot e outros do género. Acho que teve a sua época. 

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3) Ciclo Menstrual: Um livro que relês constantemente.

Não tenho por hábito reler livros. Mas os Contos de Oscar Wilde é daqueles livros a que dá para voltar durante a vida toda. 

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4) Gripe: Um livro que se espalhou como vírus.

"A rapariga no comboio", de Paula Hawkins. TODA a gente leu, toda a gente andou a falar nele. Perdi a vontade de ler por causa disso. Talvez um dia destes.

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5) Asma: Um livro que te tirou o fôlego.

Um dos meus preferidos. Não descansei enquanto não acabei de ler e enquanto não descobri como tudo aconteceu. "A sangue frio", do meu querido Capote.

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6) Insónia: Um livro que te tirou o sono.

"O fim da inocência", de Francisco Salgueiro. Tirou-me o sono no mau sentido. É um verdadeiro murro no estômago. Tenho que fazer um post sobre ele. 

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7) Amnésia: Um livro que leste mas não te lembras muito bem.

"O Preço do Dinheiro", do Ken Follet. Li-o há uns dois anos e tal. Não me consigo lembrar da história nem de como termina. Só me lembro-me que envolvia políticos e jornalistas...mais nada.

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8) Doenças de Viagem: Um livro que te leva pra outra época/mundo/lugar.

Qualquer um da Jane Austen. Transporta-nos, sem dúvida, para as paisagens inglesas do início do século XIX, para os bailes, os convivíos, os amores daquela época. Como exemplo, fica aqui "Sensibilidade e Bom Senso", que foi o último que li dela. 

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Como é uma TAG que já vi há bastante tempo em alguns canais literários, não sei quem já respondeu ou não. Mas vou tagar algumas miúdas aqui do Sapo para responder: a Cláudia, a Rita, a Daniela, a Sara e a Magda. Vou gostar de ver as vossas respostas :) Se já tiveram esta TAG feita deixem-me aqui o link para ver. 

 

 

Qui | 11.08.16

A primeira investigação de Poirot, Agatha Christie

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Agatha Christie dispensa apresentações. Há alguém que não conheça a rainha do crime? Em casa sempre vi o meu avô e o meu pai a lerem policiais (têm a coleção "Vampiro" inteirinha), especialmente Agatha Christe. Isto quer dizer que não tenho de procurar muito para encontrar qualquer livro dela para ler. E nunca tinha lido nenhum. Uma vergonha! Decidi mudar isso este ano, aliás, era um dos meus objetivos literários para 2016: começar a ler Agatha Christie. 

 

E onde melhor para se começar que o início mesmo? Resolvi começar a ler as obras dela por ordem cronológica. Não digo que o vá fazer com toooodas, mas talvez as dez primeiras sigam esta ordem. "A primeira investigação de Poirot", também conhecido como "O Misterioso caso de Styles" foi publicado em 1920 e foi com ele que entrei no mundo dos policiais - que é um género que não me despertava grande interesse até agora. Mas dizem que os gostos literários mudam ao longo dos anos e ando a verificar isso mesmo.

 

O enredo deste livro é simples. Uma velha rica idosa abastada morre por envenenamento e os suspeitos são vários, dentro da família e das pessoas que moravam na mesma casa. É aqui que Poirot nos é apresentado pela primeira vez: "não devia medir mais de 1,60m de altura, mas tinha um porte cheio de dignidade". É nesta obra que ficamos a conhecer as suas manias, tem ali um toquezinho de transtorno obsessivo-compulsivo com objetos fora do lugar e onde ficamos a conhecer também os métodos que utiliza para desvender os crimes.

 

Confesso que a minha primeira suspeita do assassino estava certa. Pelo meio mudei de opinião, mas afinal...a primeira impressão não falhou. Já me tinham dito que Agatha Christie era perfeita para Maratonas Literárias, porque líamos sem dar pelo tempo passar. A verdade é que a li na Maratona Literária Fusão e foi entretenimento puro. Eu própria me senti uma detective a juntar os pontos todos para chegar ao assassino. 

 

Dei-lhe 3 estrelas. É o primeiro livro de Christie. Acredito que a escrita dela tenha amadurecido ao longo dos anos, e que tenha aprimorado os crimes das suas personagens. Também acredito que me vá surpreender, mais ainda, com outras histórias e por isso as cinco estrelas ficam guardadas para livros em que a descoberta do assassino seja uma surpresa completa, daquelas de ficar de boca aberta. 

 

Sinopse:

O romance de estreia de Agatha Christie onde nos é apresentado Hercule Poirot, "um homenzinho de aspecto extraordinário. Não devia medir mais de 1,60m de altura, mas tinha um porte cheio de dignidade. O formato da cabeça era exactamente o de um ovo [...] usava um bigode muito espetado e muito marcial". Com ele aparece também o seu "Watson", que é o Capitão Arthur Hastings. Ambos se reúnem em Styles, onde o assassínio da idosa proprietária da casa faz recair suspeitas sobre diversas pessoas. Eis a oportunidade estupenda para o famoso detective belga pôr em acção as suas eficazes células cinzentas e revelar a verdade no último capítulo!

 

Título: A primeira investigação de Poirot

Autor: Agatha Christie

Edição: Livros do Brasil - Colecção Vampiro Gigante

Ano de publicação: 1920

 Nº páginas: 207

 

 

Qua | 10.08.16

Como vai o 2016 Reading Challenge?

Vai muito bem, obrigado. Das vinte e duas categorias, onze já têm check. E as que ainda estão em branco, já têm ali livrinhos à espera de serem lidos para encaixar aqui. Stephen King, Elena Ferrante e outros tais também vão fazer parte deste desafio. Em que categorias? Conto-vos quando os ler, no próximo update do 2016 Reading Challenge.

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Até agora, as categorias que já têm dono, lido e aprovado, são: 

 

Um clássico da literatura mundial – Sensibilidade e Bom Senso, Jane Austen

Um livro de um autor português – Crónica dos Bons Malandros, Mário Zambujal

Um livro de não ficção – Mais Bastidores de Hollywood, Mário Augusto

Um livro baseado numa história verídica – A sangue frio, Truman Capote

Um livro que se tornou filme – O Diário da Nossa Paixão, Nicholas Sparks

Um policial – A primeira investigação de Poirot, Agatha Christie

Um livro infanto-juvenil – Mary Poppins, P.L. Travers

Um livro de um autor que nunca leste – Memórias Póstumas de Brás Cubas, Machado de Assis

Um livro com um titulo de uma palavra só – Pulp, Charles Bukowski

Um livro com uma personagem feminina forte – Comer orar, amar, Elizabeth Gilbert

O primeiro livro de um autor – No meu peito não cabem pássaros, Nuno Camarneiro

 

Em andamento:

Um livro de contos – Contos do Nascer da Terra, Mia Couto

 

E vocês? Os vossos desafios literários para 2016 estão a correr bem? Contem-me tudo. 

 

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