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SAY HELLO TO MY BOOKS

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Ter | 11.07.17

Entre Aspas #4

Digam lá que o Mário Zambujal não anima qualquer um. 

 

"No tempo dos bailes ali no 35, onde morava a viúva do Zé Viúvo, era toda a noite de sábado, eu a dar às unhas, o pessoal roçando-se. Bem os via. Uma noite, a mãe da Didelinha, uma ordinária - a mãe - foi puxar pela entusiasmada moça quando ela já ia peitos adentro do Gil Quirino. Há gente que só gosta de estorvar. Acabaram-se as festanças quando o Zé Viúvo veio pela casa, que era dele, emprestada aos sábados, unicamente. Fechou o clube e por causa disto: o Zé Viúvo casou-se com a tia. Um porradão de anos mais velha, a rua inteira na galhofa, olha o melro, quer herança. Tá quieto: esticou meses passados, a velha inda cá anda, firme que nem um eucalipto, ninguém lhe somou os anos, pelas minhas contas uns cento e quarenta".  

 

Mário Zambujal,

in Histórias do Fim da Rua 

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